O novo presidente do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico), o bioquímico Hernan Chaimovich, tomou posse
na terça-feira (24) e disse que parte dos financiamentos dos recursos
destinados ao Programa Ciência sem Fronteiras poderia vir de outras
fontes.
"É possível negociar que parte do esforço imenso do Ciências sem
Fronteiras não seja financiado por fontes que venham do CNPq, mas por
outras fontes de recurso."
Sobre quais seriam essas outras
fontes, o novo presidente disse que o CNPq não deve ser o responsável
por defini-las. "Isso a gente vai ter que conversar com quem tem os
recursos. Não é o CNPq que vai decidir da onde vêm os recursos". Hoje, o
Programa Ciência sem Fronteiras é fruto de esforço conjunto dos
Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação e do MEC (Ministério da
Educação), por meio de suas respectivas instituições de fomento (CNPq e
Capes), e das secretarias de Ensino Superior e de Ensino Tecnológico do
MEC.
Apesar disso, Chaimovich destacou a importância do programa
para o país. "Acho que a vinda de pesquisadores estrangeiros via
Programa Ciência sem Fronteiras para o Brasil foi um avanço brutal para
esse país. Os programas de pós-doutoramento e de pós-graduação sanduíche
foram uma vantagem gigantesca para o país."
Durante o discurso,
ele falou sobre alguns de seus princípios para a nova gestão. "O CNPq
deve financiar exclusivamente aquilo que o CNPq, e só o CNPq, pode
financiar no país para um desenvolvimento cientifico, social e econômico
sustentáveis e socialmente justo. Se cada órgão focar naquilo que pode
fazer, ou naquilo que faz de melhor, a execução de projetos nacionais e
utilização de recursos públicos pode ser otimizada."
Hernan Chaimovich responde pelo CNPq desde o dia 10 de fevereiro, substituindo Glaucius Oliva na presidência do órgão.
Fonte: UOL Educação
|