Os grandes desafios da economia brasileira e seus reflexos para Santa
Catarina estiveram em pauta nesta quarta-feira, 19, durante o Ciclo de
Palestras Cenário Econômico 2015, promovido pela Diretoria do da
Secretaria de Estado da Fazenda (DITE/SEF). O evento acontece todos os
anos como uma forma de projetar cenários no curto e médio prazo.
Para
o economista Ronaldo Távora, gerente de Divisão de Macroeconomia do
Banco do Brasil, o crescimento econômico baixo, o desequilíbrio fiscal e
as expectativas inflacionárias refletem numa onda generalizada de
pessimismo no Brasil. A projeção do Banco do Brasil para o PIB nacional é
de 0,4% para este ano e de 1,1% em 2015.
“É muito baixo, praticamente uma economia estagnada. Deveríamos estar
crescendo pelo menos a 3%”, destacou o palestrante. “Precisamos
destravar. Tradicionalmente, olhamos para frente com otimismo, isso não
está acontecendo com relação a 2015, o que é muito ruim para os
negócios”, acrescentou Távora.
Cenário estadual - Santa Catarina sente os reflexos
da crise econômica, embora em menor intensidade. É o que apontam os
indicadores apresentados na palestra do economista Paulo Zoldan,
assessor na Diretoria de Orçamento e Planejamento (DIOR/SEF). O PIB e a
taxa de emprego, por exemplo, vêm desacelerando, mas crescem acima da
média nacional.
A projeção do PIB estadual para 2014 é de 3,1%, pelo menos três vezes
mais do que o PIB nacional. Quanto ao emprego, o Estado respondeu por
quase 10% dos postos de trabalho gerados em 2014. O saldo é de 55,7 mil
empregos formais, mais da metade no setor de serviços (30,1 mil).
“Em 2015, a economia estadual deverá continuar desacelerando, mas
crescendo acima da média nacional”, disse Zoldan. Ele destacou a
necessidade de aumentar os investimentos em qualificação profissional
para ampliar a competitividade e a produtividade, fatores cada vez mais
importantes para reverter a atual situação.
Desindustrialização - O professor Silvio Ferraz
Cário, da Universidade Federal de Santa Catarina, fez um relato do
processo de desindustrialização no período de 2000 a 2012. Para ele, ao
concentrar todos os seus esforços no controle da inflação, o Brasil se
esqueceu de fazer políticas de industrialização. “Não existe indústria
brasileira sem empresa nacional”, disse Cário.
Para o professor, a indústria ainda é o motor do desenvolvimento.
“Ela gera efeitos para trás e para frente na cadeia produtiva, responde
por grande parte dos avanços tecnológicos, alivia a restrição da balança
de pagamento e promove o crescimento de longo prazo”, argumentou.
O Ciclo de Palestras Cenário Econômico 2015 contou com cerca de 140
participantes, entre diretores e gerentes financeiros do Poder Executivo
e diretores, assessores e gerentes da Secretaria da Fazenda. A
organização do evento foi realizada pela Escola Fazendária (ESFAZ).
Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina
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