De acordo com o secretário da
Fazenda, Nelson Serpa, a operação com o Bank of América no valor de US$
726,5 milhões (cerca de R$ 1,5 bilhão) servirá para quitar o resíduo da
dívida do Estado com a União e significará uma redução no desembolso de
pelo menos R$ 530 milhões somente em 2013. Em 1998, quando Santa
Catarina renegociou dívidas com o Governo Federal, ficou acordado um
pagamento mensal máximo de 13% da Receita Líquida Real do Estado. No
entanto, esses 13% não eram suficientes para pagar a prestação do mês,
gerando um acúmulo de restos a pagar. Hoje, esse resíduo está
contabilizado em cerca de R$ 1,4 bilhão e consome mensalmente R$ 50
milhões do caixa do Estado.
Com o dinheiro do Bank of América, que tem um ano de carência para
começar a pagar, o Estado quitará o valor integral do resíduo com o
Governo Federal, trocando uma dívida com encargos indexados em quase 14%
(IGP-DI mais 6% ao ano) por um novo contrato de apenas 4% de juros
anuais mais variação cambial. “Essa redução dos encargos significará de
imediato uma folga de R$ 48 milhões mensais no caixa do Tesouro do
Estado, que poderão ser utilizados para investimentos em áreas
importantes de Santa Catarina”, ressalta Serpa.
A operação com o BID, explica o diretor de Captação de Recursos e
Dívida Pública da Secretaria da Fazenda, Wanderlei Pereira das Neves,
será utilizada para investimento na área de infraestrutura rodoviária do
Estado. O empréstimo de US$ 250 milhões (cerca de R$ 520 milhões) do
Banco Interamericano de Desenvolvimento contempla a sexta etapa do
Programa Rodoviário de Santa Catarina (BID VI) e prevê contrapartida de
US$ 117,5 milhões (cerca de R$ 244 milhões) do Estado. O prazo de
pagamento é de 25 anos com carência de 66 meses.
O secretário Nelson Serpa lembra que as contratações não
comprometerão significativamente os atuais limites de endividamento do
Estado porque o empréstimo do Bank of América representa o pagamento de
uma dívida com encargos maiores, por isso se torna vantajoso. Além
disso, a situação de endividamento de Santa Catarina, de acordo com os
limites interpostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal, é confortável. A
legislação determina que pode haver um comprometimento de até 200% da
Receita Corrente Líquida. Até o segundo quadrimestre deste ano, o Estado
tinha apenas 44% da receita comprometidos.
Informações adicionais:
Maiara Gonçalves
Secretaria de Estado da Fazenda
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Telefone: (48) 3665-2575