Cigarros, CDs e DVDs lideram a lista de mercadorias mais apreendidas
em 2011, de acordo com o Relatório Brasil Original, elaborado pelo CNCP
(Conselho Nacional de Combate à Pirataria), do Ministério da Justiça, e
divulgado nesta sexta-feira (2).
Foram 4,52 milhões de pacotes de cigarros apreendidos este ano,
frente aos 3,42 milhões apreendidos no ano passado. No caso dos CDs e
DVDs, foram 3,77 milhões de unidades apreendidas em 2011.
Combustíveis, informática e bebidas
A Polícia
Federal Rodoviária ainda apreendeu 200 mil litros de combustíveis,
frente aos 98 mil no ano passado. Os equipamentos de informática
apreendidos também aumentaram entre 2010 e 2011, passando de 98 mil
unidades para 195 mil. No caso das bebidas, foram 136 mil litros só este
ano, contra 106 mil do ano passado.
Os dados de 2011 levam em consideração as apreensões realizadas até o
mês de novembro. Para a secretária-executiva do CNCP, Ana Lúcia Medina,
a explicação para o crescimento das apreensões está no aumento das
ações repressivas nas áreas mais sensíveis, como fronteiras, portos e
aeroportos.
CDs e DVS
Apesar de os CDs e DVDs liderarem a
lista de apreensões em 2011, houve uma queda nas apreensões entre 2011 e
2010. Conforme já mencionado, até novembro deste ano, foram 3,77
milhões de unidades. No ano passado, o número chegou a 5,79 milhões.
As apreensões de eletrônicos também registraram queda, passando de
393 mil para 285 mil unidades. Ana Lúcia acredita que a queda das
apreensões de CDs/DVDs está relacionada com a expansão do uso da
internet, com as pessoas baixando cada vez mais arquivos. No caso dos
eletrônicos, o aumento no número de viagens para o exterior pode ser uma
explicação.
Fim da pirataria: R$ 30 bi a mais em arrecadação
A
arrecadação tributária brasileira poderia aumentar em R$ 30 bilhões por
ano, caso o País conseguisse acabar com a pirataria e com a circulação
de produtos contrabandeados. Foi o que concluiu o secretário executivo
do Ministério da Justiça, Luiz Barreto, ao apresentar os dados das
apreensões brasileiras.
Além de aumentar a arrecadação, o fim da pirataria poderia contribuir
com a geração de 2 milhões de empregos formais. De acordo com a Agência
Brasil, Barreto afirma existir um custo social muito alto por trás da
pirataria.
Por conta disso é que se torna necessário lutar pelo fim do consumo
de produtos piratas, explica Barreto, ressaltando que esse tipo de
comércio ainda estimula a circulação de armas e drogas no País.
Crime organizado
Barreto defende a ideia de que a
compra de um produto pirata contribui para que mais armas e drogas
cheguem às ruas. Este ano, porém, será possível observar um grande
avanço no que diz respeito ao controle do contrabando e da pirataria, já
que o número de produtos apreendidos deve crescer 30% em relação ao
observado no ano passado.
O governo atribui esse crescimento ao esforço das operações de
fiscalização, sobretudo nas fronteiras, como o programa
operação-fronteira.
Fonte: www.uol.com.br
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