O
resultado de 6,5% consolidado para a inflação em 2011 ficou dentro da
meta prevista pelo Ministério da Fazenda, afirmou nesta sexta-feira
(06/01) o ministro interino Nelson Barbosa. Ao comentar os dados
divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
ele destacou que a expectativa para 2012 é de que o IPCA (índice de cálculo
para o reajuste da inflação) fique abaixo de 5%.
“Esperamos que [a inflação] continue essa trajetória de queda em direção ao centro da meta”, declarou Barbosa. De acordo com o atual sistema de metas para a inflação, o centro é de 4,5%, com uma variação tolerável de 2,5% a 6,5%.
O ministro interino acredita que a desaceleração verificada nos últimos três meses, quando o índice passou de 7,3% para 6,5%, continue com a mesma intensidade este ano. Os preços internacionais estarão mais favoráveis, o que deve reduzir a pressão inflacionária. “A gente não espera ter, em 2012, alguns choques que ocorreram ao longo de 2011 e que foram muito fortes para a inflação, como o aumento das passagens aéreas e o aumento do preço do etanol”, esclareceu.
Ele também atribuiu a possível queda ao comportamento “mais favorável” dos preços administrado - como telefone, água e energia elétrica - além do bom comportamento dos preços de bens industriais. Outro fator de destaque é o preço dos alimentos, que segundo Barbosa, já começa a dar sinais de queda. ”Há uma desaceleração este ano em relação a 2010 e essa desaceleração deve continuar”.
Nelson Barbosa disse ainda que o preço dos serviços deve ficar estável este ano por conta da estabilidade na taxa de desemprego .“Todos esses fatores conjuntamente, com a estabilidade ou uma pequena elevação no preço do etanol, são consistentes com uma inflação abaixo de 5% este ano”.
Questionado sobre a pressão do aumento do salário mínimo na inflação, Barbosa estima um impacto pequeno, mas com benefícios para a economia brasileira. “O salário mínimo tem um pequeno impacto na pressão inflacionária, mas ele também estimula o crescimento e o investimento, então, o efeito líquido é positivo para toda a economia”, concluiu.
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