Auditores da Secretaria da Fazenda de Santa Catarina estiveram em
Brasília, entre os dias 30 de julho e 3 de agosto, na primeira etapa da
capacitação para operar o Observatório da Despesa Pública. Conhecido
como ODP, o sistema é utilizado pela Controladoria Geral da União (CGU)
para monitorar os gastos públicos do governo, com o objetivo de garantir
a aplicação correta do dinheiro do contribuinte. Santa Catarina, junto
com a Bahia, foi escolhida para implantar o projeto piloto, batizado de
ODP.nano, que será disseminado para os demais Estados no futuro.
Na capacitação, os auditores internos do Poder Executivo Décio
Augusto Bacedo de Vargas, André Pinheiro de Oliveira e Marco Antonio
Lopes tiveram a oportunidade de trocar informações com a CGU, que
apresentou cases sobre a ferramenta a ser utilizada em SC. “Com o novo
sistema, vamos poder focar nossa atuação em situações ainda não
trabalhadas ou otimizar as existentes”, comentou André Oliveira.
O Observatório, que alia metodologia à tecnologia de ponta, com o uso
de softwares de investigação e correlação de pessoas e CNPJ’s, consegue
detectar situações consideradas estranhas, como a existência de
relações pessoais entre sócios de uma empresa e os servidores do órgão
que a contratou, por exemplo. “A capacitação permitiu uma nova visão na
análise de grandes massas de dados. O software possibilita um cruzamento
intuitivo de informações de sistemas diversos evidenciando situações
ainda não exploradas pelos auditores”, destacou Lopes.
As informações não são necessariamente indicativos de fraude ou
corrupção, mas serão analisadas pelos auditores, que tomarão as medidas
cabíveis quando necessário. Vargas explica que os resultados gerados
pela unidade servem como insumo para realização de auditorias e
fiscalizações, e para informar aos gestores sobre indicadores gerenciais
relativos à realização de gastos públicos. “Isso permite análises
comparativas, subsidiando a tomada de decisões para melhoria da
aplicação dos recursos públicos”, conclui.
Além de integrar a iniciativa pioneira e prevenir a corrupção nos
órgãos públicos, Santa Catarina não terá nenhum custo com a implantação
do ODP.nano. Os recursos - cerca de US$ 90 mil (aproximadamente R$ 180
mil) - vêm de um fundo norueguês de apoio às ações contra a corrupção e
foram disponibilizados por meio de convênio entre União e BID (Banco
Interamericano de Desenvolvimento).
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Enio Novaes
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(48) 3665-2572 / 88438356
Fonte: www.sef.sc.gov.br
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