26/02/2013 - "O profissional que o mercado quer". |
O mundo do trabalho vive sua maior transformação desde a Revolução Industrial e busca um novo tipo de pessoas. Agora o que vale mais é ter formação diversificada, ser versátil, autônomo, conectado e dono de um espírito empreendedor.
Esqueça tudo o que você aprendeu sobre o mercado de trabalho.
Estabilidade, benefícios, vestir a camisa da empresa, jornadas
intermináveis, hierarquia, promoção, ser chefe. Ainda que tais conceitos
estejam arraigados na cabeça do brasileiro – quem nunca ouviu dos pais
que ser bem-sucedido era seguir tal cartilha? –, eles fazem parte de um
pacote com cheiro de naftalina. O novo profissional, autônomo,
colaborativo, versátil, empreendedor, conhecedor de suas próprias
vontades e ultraconectado é o que o mercado começa a demandar. O modelo
tradicional de trabalho que foi sonho de consumo de todo jovem egresso
da faculdade nas últimas duas décadas está ficando para trás. É a maior
transformação desde que a Revolução Industrial, no século XVIII, mandou
centenas de pessoas para as linhas de produção, segundo a pesquisadora
inglesa Lynda Gratton, professora da London Business School e autora do
livro “The Shift: The Future is Already Here” (“A mudança: o futuro já
começou”, em tradução livre).
Nas novas gerações esse fenômeno é mais evidente. Hoje, poucos
recém-formados se veem fiéis a uma única empresa por toda a vida. Em
grande parte das universidades de elite do país, os alunos sequer
cogitam servir a um empregador. “Quando perguntamos onde eles querem
trabalhar, a resposta é: na minha empresa”, conta Adriana Gomes,
professora da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), de São
Paulo. Entre os brasileiros que seguem o modelo tradicional, a média de
tempo em um emprego é de cinco anos, uma das menores do mundo, segundo o
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos
(Dieese) – os americanos trocam mais, a cada quatro anos. O ritmo
dinâmico inclui mudanças de função, de empregador, e até de carreira.
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