O ministro interino da
Fazenda, Nelson Barbosa, afirmou essa semana que até o dia 16 de
abril deverá ser construído um consenso no Senado em relação à proposta
do governo de unificação das alíquotas do Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS). “Agora foi encerrada a fase de audiências
públicas, estamos fazendo várias conversas para detalhar a proposta do
governo e ouvir sugestões de como aperfeiçoá-la. Agora é a hora da
construção de um consenso”, afirmou Barbosa, após reunião realizada
nesta terça-feira com senadores da base aliada do governo.
No gabinete da liderança do
PTB no Senado, o ministro interino e senadores, além de discutirem o
cenário econômico, trataram detalhadamente da proposta do governo para o
ICMS, tributo recolhido pelos Estados. A previsão do relator da
resolução que trata do tema, senador Delcídio Amaral (PT/MT), é entregar
seu relatório para apreciação da Comissão de Assuntos Econômicos do
Senado no dia 16 de abril.
O senador Gim Argelo (DF),
líder do PTB, afirmou que o bloco União e Força - formado pelo PTB, PR,
PSC – “fechou questão a favor” da proposta de alíquota unificada de 4%
de ICMS. “As explicações do ministro foram convincentes”, afirmou o
senador em referência à participação do ministro da Fazenda, Guido
Mantega, em audiência pública no Senado, realizada no dia 21 de março.
Após a reunião, em
entrevista a imprensa, Nelson Barbosa disse que a recente flutuação que
está ocorrendo na taxa de câmbio “é muito pequena” para ter impacto
perceptível nos índices de inflação. Barbosa reiterou que, no País, o
dólar é flutuante, em resposta ao questionamento de jornalistas sobre se
o governo estaria confortável com a atual cotação da moeda americana
acima de R$ 2.
“Essa flutuação que está
ocorrendo agora é perfeitamente normal tendo em vista o que acontece no
mundo”, disse o ministro interino, destacando que há no momento grande
incerteza e turbulência vindas da União Europeia. “O câmbio flutuante
funciona para isso: para absorver essas flutuações. O mais importante é
que o Brasil tem reservas internacionais elevadas e tem capacidade de
suportar eventuais choques internacionais sem desorganizar sua
economia”, completou o ministro.
Questionado ainda sobre o
comportamento das taxas de juros que apresentaram elevação em fevereiro,
segundo relatório mensal do Banco Central sobre operações de crédito,
Nelson Barbosa afirmou ser natural que as taxas de juros finais flutuem
junto com as taxas de captação. “Mas, os spreads tendem a permanecer no
patamar mais baixo que foi obtido nos últimos meses”, assinalou.
Fonte: Assessoria de Comunicação
Social - GMF
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